O Mizuko Kuyo (水子供養) é um ritual da tradição do budismo japonês, uma
cerimônia feita em memória de bebês perdidos em qualquer fase da
gestação, no parto e depois dele. No ritual, a imagem de um
"mizuko" ("filho das águas") colocada em um
santuário, é visitada pelas pessoas que tiveram a perda e que nela
deixam um objeto - roupinha, brinquedo, uma lembrança - e fazem
preces com a supervisão do monge. Os Mizukos ficam num local
dedicado a Jizô Bodisatva, entidade muito querida no budismo japonês
que, entre muitos atributos, é considerado o guardião das crianças.
A prática tem várias funções: reatar a conexão com o ser perdido
(como em outros rituais feitos para os ancestrais), elaborar o luto
parental, pedir pelo conforto da alma do bebê e proteção para a
família e até uma forma de expiar a culpa. Para as perdas
gestacionais muito precoces, ou que não se tem funeral, o ritual
ajuda a materializar a perda e a trabalhar melhor o processo de luto.
Nos Estados Unidos esta cerimônia já e realizada nos templos de algumas escolas do budismo japonês praticados neste país.
No Brasil, apesar de ter a maior colônia japonesa fora do Japão, o
Mizuko Kuyo ainda não é realizado, mesmo tendo várias escolas
budistas atuantes no país. Entendendo que a perda gestacional e
neonatal ainda é um assunto tabu na nossa sociedade e que os pais
enlutados tem o direito de ter meios de externar o seu luto, a
comunidade budista Zendo Sul – Sangha Águas da Compaixão estuda
abrir esta possibilidade dos pais poderem homenagear seus bebês futuramente.
Esperamos em breve disponibilizar o link da comunidade Zendo-Sul para se possa conversar com a monja Isshin e requisitar o ritual de Mizuko Kuyo. A monja Isshin Havens é representante do Budismo Soto Zen (escola Soto Shu) em Passo Fundo.
Esperamos em breve disponibilizar o link da comunidade Zendo-Sul para se possa conversar com a monja Isshin e requisitar o ritual de Mizuko Kuyo. A monja Isshin Havens é representante do Budismo Soto Zen (escola Soto Shu) em Passo Fundo.
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