Que linda iniciativa no Canadá!
Hoje
de manhã me deparo com esta reportagem (link, link, link). Achei
lindo e inspirador. Espero que esta ideia inspire mais pessoas no
mundo e que a compaixão com todos os seres seja realmente posta em
prática, inclusive com aqueles que não tiveram tempo ou tamanho
suficiente para serem considerados dignos de lembrança. Pois como já
falei em outros posts, algumas pessoas (a maioria infelizmente) ainda
mensura o sofrimento alheio a ponto de julgar o quanto e pelo que é
permitido sofrer. Os filhos são amados desde o primeiro instante,
desde o positivo já fazem parte da família.
Segue-se
abaixo trechos da reportagem:
O jardim, chamado de Little Spirits Garden
(“Jardim dos Pequenos Espíritos”, em tradução livre), foi
projetado pelos arquitetos paisagistas canadenses Bill Pechet e
Joseph Daly. O projeto é inspirado em uma tradição budista
conhecida como Jizo – o costume de
criar uma pequena estátua em homenagem a uma criança morta. No
Japão, onde Pechet viveu durante dois anos, as estátuas ficam em
templos, que contam com cemitérios em anexo dedicados a elas.
Durante as festividades, os japoneses costumam enfeitá-las com
acessórios.
“Achei tão inspirador, tão terno e bonito
ver essas criações. Fiquei impressionado com o senso de grandeza
quando eram exibidas juntas em ocasiões especiais, mostrando uma
perda coletiva na sociedade”, explicou ele à BBC.
Inspirado pela tradição, o arquiteto decidiu criar uma versão que
abraçasse a pluralidade do Canadá. Para Pechet, o espaço
precisaria ser um espaço ecumênico e as estátuas teriam que dar
lugar a um símbolo universal capaz de abraçar todas as crenças. A
sua escolha foi uma casa. “A casa é um símbolo universal de
proteção e não é sectário”.
O
jardim foi inaugurado em 2012 e está localizado em um terreno no
Royal Oak Burial Park, um cemitério de Victoria, em British
Columbia. As casas, chamadas de “casas dos espíritos”, são
feitas de concreto pré-moldado, com pequenos talhos, para que possam
crescer musgos sobre ele.
…
Sempre
digo que rituais como a do Mizuko-kuyo podem ser adaptados para
outras culturas e crenças. No Canadá fizeram isto muito bem. Todos
nós somos amontoados de células que tiveram sucesso. Não consigo
conceber a ideia de que um filho precisaria "nascer" para
poder ser digno de respeito. Todos os seres merecem respeito.
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